Ainda hoje não compreendo a razão pela qual dormimos juntos, mas também não procuro saber - certas coisas insistem escapar à nossa compreensão e pertencem a uma região nebulosa chamada destino, que tão frequentemente usamos para fazer sentido das nossas vidas.
Foi isto que a minha amiga me transcreveu, parece que leu algures e apertou-lhe o peito. Apertou-lhe o peito como no dia em que o viu, o mesmo aperto que teve quando, com alegria, o recebeu e o mesmo aperto que, com tristeza, se despediu dele, na mesma estação.
Diz-me que ainda hoje não compreende a razão, mas que ao contrário do que leu, havia alturas em que procurava saber.