passados dez anos montei a limusina das motas, como disse o dono, era noite, foi depois de ter arranjado as unhas e de nadar e de me queixar da injustiça do mundo em geral e de um ser pequeno em particular. Sentia o cabelo molhado nas costas, os chinelos pouco seguros nos pés e uns calções ameaçando a queda. Pus o capuz do casaco pela cabeça e lá fui eu, inconsequente e feliz, o clímax deu-se quando passamos pela policia a toda a velocidade.
Há muito tempo que o frio na barriga não era justificado com tão boa causa.