entretanto


descobri a paixão.
A paixão e entusiasmo por um hobby. Que me trouxe tranquilidade, porque, e depois de 6 meses a estudar uma coisa que não gostava, estava certa que nada neste mundo me interessaria jamais. Que nada nem ninguém o conseguiria fazer porque eu tinha morrido, ali, uma morte lenta e dolorosa, num prédio decrépito no centro da cidade, com um professor tão decrépito como o imóvel onde o único motivo de interesse que me fazia saltar da cama de manhã era a loja vintage que ficava a dois passos e que, apesar de fechada ao sábado, era o meu raio de sol. Isso e os euros adiantados.
E passo o professor novo cheio de mania e o beijo na testa do colega desesperado.
Agora estou num outro nível.