Entretanto a avó da princesa morreu, ela comprou um carro e descobriu o milagre chamado maquilhagem. O príncipe por sua vez acabou o curso superior, entregou o avental e foi dar aulas para longe, isto no tempo em que os professores ainda eram colocados e a Maria de Lurdes Rodrigues não lhes fazia a vida negra.
Passados cinco anos a princesa, num dia de chuva, frio e vento, ou seja, num dia normal, saiu da lareira e rumou sozinha à fnac para assistir ao lançamento de um livro. Enquanto esperava e fazia de conta que estava concentrada a ler o dito, chegou-lhe a voz que tantas vezes ouviu dizer bom dia, é o do costume? quando olhou não hesitou em fixar as pupilas dilatadas. Era o príncipe, mais gordito mas igual. Ele não reconheceu logo a princesa, olhou rápido e desviou, ao raciocinar apercebeu-se que era ela, embora mais gira e mais magra, disse-lhe olá viva! com o mesmo sorriso que a falta do aparelho, felizmente, manteve, e logo a seguir pregou um beijo apaixonado na rapariga que falava alto com a amiga na mesa ao lado.
Fim.