é

ando sem inspiração.
Podia falar sobre a prima que de resignada passou a presumida. Da primeira amiga a entrar nos trinta e da outra que vai casar, e que ainda ontem, como as crianças, saltei para cima quando entrou na porta, para que sentisse o meu entusiasmo. Pesado.
Podia dizer que me inscrevi no site dos livros no sapo e é uma seca.
Que o curso começou, finalmente, o professor é um dinossauro surdo. A casa-de-banho impossível de descrever. Há colegas para todos os gostos com sotaques para todos os gostos. Que só dois são giros e que ao meu lado, ao lado do lugar que escolhi, segunda fila junto à janela, se sentou uma rapariga(?) moça(?) senhora (?) com tiques nervosos e que, decididamente, o sábado não é o seu dia de limpeza pessoal. E que o friozinho na barriga, por voltar a estudar depois de tanto tempo, estava lá. E soube bem.
Que a agenda nunca esteve tão preenchida e a vontade, antes de ir, não é nenhuma.
Que me aquece o coração ler que sabem que estamos aqui, exactamente o que sinto e o descanso que é.
E podia acrescentar um desinteressante mas realista, vai-se andando. Mas, hoje, estou cansada e amanhã é dia de festa.