Pela quantidade (pouca) de pessoas foi eliminado um dos desportos que praticava no ginásio, um dos preferidos. Já não me cansava a explicar às pessoas o que era. Era meu.
Recebi a noticia por sms no dia a seguir a ter-me baldado. Dizia, acabou, e foi como um amor que partiu, que nos dá a desculpa mais esfarrapada e que custa a aceitar.
Tínhamos cumplicidade. Sem quase nunca lhe falar ele percebia-me e perguntava-me o que tinha quando tentava disfarçar o melhor que conseguia. Passava-me as mãos nas costas, dizia-me que tinha desequilíbrios e bloqueios. Que era especial, que tinha um coração grande porque as costelas do lado direito são mais salientes. Colocava-me em posição quase sem o sentir. Dizia pouco mas fazia-o bem, principalmente à alma. Deixava-me optimista, a acreditar que somos mais do que corpo.