Estou incumbida de organizar uma despedida de solteira. Assim que fui convocada despertei o interesse e revelei a vontade de fazer uma coisa única. Experiência nunca antes vivida, tanto pela futura ex-solteira como por mim. Quase nervosa a antever a reacção, revelei o meu gosto por um reles streaptise. Até então, e na hora das despedidas anteriores, todas as convertidas em casadas e consequentes convidadas foram de uma elegância e classe exímia que deixou de parte qualquer manifestação de agrado ou vontade por uma coisa desta dimensão.
Já estava a imaginar, uma coisa bem vulgar, uma pele oleada com aroma foleiro, um corpo completamente desinteressante pela falta de defeitos. Um ar másculo mal disfarçado. Uma farda, sem dúvida uma farda. E no fim um horripilento fio dental que revelaria uma depilação total a laser.
Antes, apoderei-me do direito de escolher e oferecer a camisa para a noite de núpcias. Uma coisa bonita, elegante. Sensual e sexy, muito sexy. Consegui espantar a vontade da noiva. Menina do meu coração e com um gosto acentuadíssimo por coisas fofas e queridas e pijamas e borboletas e tal.
Começou a fazer sentido um plano B quando recebo a noticia que, para além de todas as amigas, foi mais ao menos isto - gostava muito que a minha mãe e primas também estivessem presentes.