Arnold Newman

"We do not take pictures with our cameras, but with our hearts and minds"

entretanto


descobri a paixão.
A paixão e entusiasmo por um hobby. Que me trouxe tranquilidade, porque, e depois de 6 meses a estudar uma coisa que não gostava, estava certa que nada neste mundo me interessaria jamais. Que nada nem ninguém o conseguiria fazer porque eu tinha morrido, ali, uma morte lenta e dolorosa, num prédio decrépito no centro da cidade, com um professor tão decrépito como o imóvel onde o único motivo de interesse que me fazia saltar da cama de manhã era a loja vintage que ficava a dois passos e que, apesar de fechada ao sábado, era o meu raio de sol. Isso e os euros adiantados.
E passo o professor novo cheio de mania e o beijo na testa do colega desesperado.
Agora estou num outro nível.

Estive perto do céu.
Lá as pessoas conhecem-se todas, têm mais de 60 anos e gostam de dar beijos e abraços. E as duzentas e tal era no concelho todo, as da aldeia são umas vinte.
Soube bem e parece que já foi há séculos.
A fotografia em baixo foi tirada no castelo e estas são as chaves que levantamos no café papagaio...(é que os contos de fadas acabaram)

se não voltar

procurem-me atrás dos montes.

Se estou a precisar de mudar de ares? Estou.

Vou para um sítio onde espero que não tenha rede para o telemóvel nem televisão.
O que vai ter de certeza é uma lareira, 279 pessoas no total e moto4 (que dá um jeitasso com a chuva que vai estar e os 10º de dia e 1º à noite. Maravilha.

E mais uma coisa, ainda bem que não é romântico, porque isto de ter uma esteticista com a agenda cheia só nos deixa ficar mal.