quem tem amiga cránio consegue entregar trabalho sobre rácios

Este blogue não anda activo porque as minhas preocupações são outras e custam dinheiro. E todos sabemos que quando mete dinheiro a coisa pia fino... a verdade é que as coisas não andam fáceis entre mim e o mais recente homem mais velho que faz parte (provisória) da minha vida. O Srº tem 300 anos e ainda anda de bicicleta fora da fisioterapia. Consome-me o juízo com palestras intermináveis sobre novos cursos que vai leccionar e sobre os pagamentos que, pelos vistos, podiam andar mais em dia... esquecendo-se que estamos lá, na hora, para aprender. O Srº vende peixe podre, mas lava-o bem lavadinho para que alguém o leve, e não importa que reclamem, tem alzeimer e não se lembra no momento a seguir, por isso não é nada com ele.
Admito que a minha perseguição acentuou-se, não deixo escapar nada e isso desgasta-me de tal forma que não consigo estar atenta nas aulas e faz-me esquecer que tenho calculadora na mala quando me pergunta o porquê de não fazer o exercício.
A coisa muda de figura quando manda para casa o trabalhinho, sim, esse que se começou na aula e pelo qual não tinha o mínimo interesse nem vontade em tentar perceber, e conta para nota. E como não quero um certificado a dizer fraquinho, recorro a quem tem folhas de calculo com todas, TODAS, as formulas dos rácios. :)
Posso não ser muuuuiiiiiitttttttttttoooo inteligente mas que sou esperta ninguém pode duvidar.
(mas não é com alegria que o reconheço, entenda-se)

"até logo se nos virmos"

Depois de sete horas de aula, com os pés gelados, a única coisa que aprendi com o professor foi isto...

muitas vezes

escolho não falar.
no dia-a-dia sinto as pessoas carentes de atenção, de serem ouvidas, de se afirmarem. muitas vezes meto conversa com desconhecidos porque tenho o dom da palavra e da conversa fácil e também procuro a atenção para fazer valer o dia.
sem ter de pensar muito digo que ninguém me conhece a cem por cento. a minha família, os amigos, os conhecidos, os colegas de trabalho e estudo. ninguém me conhece por completo porque muitas vezes escolho não falar. resguardo-me. não me dou ao trabalho, sem nenhum tipo de presunção.
tenho conversas profundas com pessoas que não em conhecem. com a margarida, com o vizinho do escritório ao lado, com o professor que me lecciona uma matéria que cada vez gosto menos.
muita gente achada na moda acha que não sou deste tempo porque não tenho msn, facebook, hi5, porque não entro em chats, porque não seduzo pela net, porque não permito comentários no blog ou nem se quer me importo se alguém me lê. porque não quero um carro melhor, a roupa in, os saltos altos.
porque muitas vezes escolho não falar é que essas pessoas não sabem que já tive msn, facebock, hi5, que já andei em chats e já seduzi pela net. já tive outros blogs com comentários e fui viciada em sitemiter. já quis um carro melhor, já comprei as melhores roupas e já andei de saltos altos.
mas depois percebi que nada disso me fazia mais feliz. e que falar do que se tem, é, ou fez não é mais do que um pedido de ajuda para preencher o vazio do coração.
este desabafo vem a propósito da seca que estou hoje e da míseria de blogue que tenho alimentado.
e o meu humor é sarcástico e irónico. e não ajuda.