Antes de me meter nos 22º graus de temperatura e de levar com um Jorge Gabriel disfarçado de Herman José que tem tanta ou menos piada do que estes dois seres reais juntos, passei pelo Modelo para comprar calorias.
Com a pergunta São os solteiros mais felizes? debaixo do braço, encontro, ou não tenho como fugir do meu colega da escola preparatória, o metaleiro. O metaleiro era/é aquele que usa botas texanas, um cabelo loiro aos caracóis penteados e ao falar encanta com o facto de ser sopinha de massa. Eu dei-me à amizade só porque ele tinha mota e emprestava ao Tó para irmos curtir (saudades).
Adiante.
Foi o bláblábá do costume, até ao ponto em que ele me diz, estou casado à nove anos e se na altura em que casei pensava que sentia amor pela minha mulher, enganei-me, hoje sim, sinto amor e a crescer todos os dias. O único amor à primeira vista foi o que senti pelo meu puto mal nasceu, tem seis anos e é tão esperto que não sei a quem sai.
Numa altura em que as estatísticas dão dois a três anos de duração dos casamentos, em que os sentimentos e atitudes são etiquetados conforme os sexos e idades, existe provas vivas de que as coisas podem correr bem. Pelo menos enquanto dure.