O universo tem sentido de humor e prega-nos partidas que não têm piadinha nenhuma.

Hoje é o dia - Parabéns a mim!

não sou daquelas pessoas que tenta passar o dia normalmente, que não gosta de comemorar, que não diz que hoje é o dia. Eu grito aos quatro ventos, fico radiante pelas sms`s que recebo à meia noite e por toda a atenção (extra) que recebo. Já reconheci e repito, sou mimalha e GOSTO!
E a verdade é que até de estranhos ia adorar receber os parabéns. :)

Nota: pode não parecer mas sou uma pessoa equilibrada e sem qualquer carência de afectos... pronto alguma vá...

Cada vez mais acredito que

o importante é surpreender as pessoas certas.

a pessoa mimalha

vai correr 5 klm na segunda-feira - depois de não mexer o rabinho há já algum tempo - e anda o resto da semana a queixar-se que está velha, que lhe doem os pés, as pernas, geme como se não houvesse amanhã quando acorda e ainda por cima culpa os 29 que chegam a passos largos.
E pior, queixasse da idade sempre a pessoas mais velhas. Sinceramente...

acredito mesmo

que há males que vêm por bem. Que tudo tem um motivo. Não é treta de comodista e conformada. É precisamente o contrário. Quando as coisas acontecem, sou como toda a gente, choro, grito, deprimo, depois do cansaço que isso provoca procuro o positivo do negativo e dou lugar à indiferença. Procuro projectos novos, procuro-me a mim e aprecio-me (ainda que com dias deprimidos). Deixar-me acomodar é bom, trás tranquilidade ao espírito também. Não é por se aceitar que morreu que faz de alguém um ser amorfo. Desistir, saber perder e aceitar a derrota só nos torna futuros vencedores. Só pode.

já que estou numa de materialista

hoje apercebi-me que já tive um Drº Sloan - da anatomia de grey - na minha vida, lindo de morrer do pescoço para cima, e sem escrupulos nenhuns do pescoço para baixo, daí o franzir de sobrolho sempre que ele aparece... por não ter sido a sua little grey.
(ao menos tenho uma máquina fotográfica fantástica)

coração que desejas... (tentativa de ditado popular usado quando uma pessoa recebe (logo) o que pede)

A verdade é que não é o equipamento que faz boas fotografias mas sim a pessoa. Mas não posso esconder que com esta beleza vou ser mais feliz.



torna-se impossivel

estudar e perceber o conteúdo quando, os vizinhos que moram na rua sem saída e que fica a uns generosos metros, se lembram de comemorar o dia do Santo que mora a 250Km de distancia. Já não aguento a alegria da música pimba e ainda por cima o altifalante é dos bons. Tenho estado a pensar numa solução para o assunto. Entretanto vieram-me à memória alguns acertos de contas, digamos assim, que já fiz... Acho que está na altura de pedir desculpa ao dono do Jippe a quem esvaziei os 4 pneus quando me bloqueou a saída, aos da pizza hut quando, depois de mau atendimento, viemos embora sem pagar, pedir desculpa a deus pela intenção de colocar o número de telefone de um amigo de uma amiga nos anúncios eróticos a pedir companheirO (não concretizado por falta de elementos) e a mais recente, por me meter onde não sou chamada só porque me doí ouvir dizer - estou de rastos. O engraçado é que quando sou eu a principal prejudicada, faço como os gatos, olho e ignoro. Mas adorava que me sentissem as dores assim.
Basicamente é isto... mas sou boa pessoa em geral.
Sabes, este fim de semana dancei um corridinho. Com muito sacrifício lá fui só para ser simpática, porque era o par da minha amiga. Não é que não goste de dançar mas levei saltos altos e nem sabes como me custa andar elegante. Fiz boa figura, para amadora, fiquei um bocadito tonta mas os braços que me amparavam transmitiam segurança.
Estando de fora conseguia ver quem queria quem e foi bem giro, consegui ver também o sacrifício que um dos homens mais bonitos da festa fazia para parecer feliz.
Chamavam-lhe, pelas costas, o viúvo.

Há coisas fantásticas não há?!

Tinha acabado de confidenciar entre lágrimas à porta da piscina que não somos nada. Dizia-lhe, o avião cai, dá-nos uma dor, vamos a atravessar a rua e não somos nada. De um momento para o outro. Falamos dos amores, como estão raros, que só o vejo nos meus pais de sessentas e muitos e que se abraçam - abraça - o meu pai a minha mãe - e como encaixam na perfeição. Falamos da história da amiga da amiga que saltou a paixão, o bater forte do coração, o suor nas mãos a perda de apetite - embora lhe tivesse feito bem - e foi directa ao amor, ao conforto, ao tédio, à minha tão sonhada certeza de que o outro está ali.
Disse-lhe, certa, que hoje não fico com dúvidas, que arrisco porque agora é assim, não penso no amanhã, não espero pelas borboletas porque a minha história pode ser como a da amiga da amiga. Chego a casa - já tarde por tanta conversa - e tenho no correio um texto cheio de lógica onde diz que não cede a impulsos, ao porque não? diz-me que se tiver de ser, tem de valer a pena.
Paro, penso no que disse, penso no que li e respondo a uma nova amizade que esta não é altura certa, que estou frágil e que se calhar me vou arrepender da decisão...